Salmo de Amor?



Eu posso sentir-Te penetrando o meu ser;

Embora eu possua o conhecimento do bem e do mal, eu jamais poderia entender a Tua natureza eterna;

Eu envolvo-Te em mais um abraço, adorando-Te como um ídolo profano, pois, embora todos amaldiçoem-Te como o próprio Satã, Tu és muito mais puro do que aquele deus celeste, e muito mais real e verdadeiro;

Pordoe-me, preciosa pérola, pois eu sou indigno de adorar-Te, mas saiba que eu não consigo proibir o meu coração de fantasiar sobre Ti, de amar-Te, pois ele não compreende Tua natureza;

Pouco posso fazer para impedir minha mente de imaginar-nos juntos, pois para uma existência tão incompleta como a minha, Tu és perfeito demais;

Quando estamos juntos, eu e Ti, eu posso me ver pelo que realmente sou; eu sou capaz de espiar por através do véu mentiras que cobre este mundo e observar a verdade, e sou capaz até de prever o futuro;

Sim, eu espiei por através das portas do destino e vi a mim e o futuro que me aguarda, e quão alegria senti quando descobri que não irei jamais me libertar de Ti;

Eu não espero que eles entendam isso, pois se eles pudessem, eles tirariam Tua vida;

Então faça de mim o Teu servo mais leal; torne este corpo meu um veículo de Tua vontade; parta este meu coração em pedaços com Tua negligência; transforme o meu ser em um útero para gerar Tuas verdades; Eu sou Teu escravo, Teu cavaleiro, agora e para todo o sempre;

E, como Teu objeto, eu venderia o meu espírito apodrecido só para observar a Tua vontade sendo feita;

Conceda-me o prazer, o êxtase de ser apenas e eternamente Teu;

Eu nasci apaixonado por Ti e por esta dor eu desistiria de qualquer coisa; eu abandonaria este amor por Ti só para sofrer em Teu nome, só para lamentar e me afogar em Ti;

Se eu sou tão indigno de Ti, ao menos me envie o Teu desprezo, o Teu despeito, ou até mesmo um de Teus inimigos; envie-me qualquer coisa de Ti e eu deverei adorá-la e amá-la em nome de Ti;

Amen

Pensamentos: Sociedade Ideal?



Utilitarismo: é a filosofia onde um indivíduo tenta executar a ação que causará o bem maior para o maior número de pessoas. O "bem" é definido por prazer. O maior prazer para o maior número de indivíduos.

"Qual seria a sociedade ideal, segundo o utilitarismo?"

Se a definição de bem é "prazer", e a ideia de utilitarismo é a de maximizar o prazer occorente no maior número de pessoas, então eu imaginaria que tal sociedade se concentraria apenas em suas indústrias - roupas, produção de comida, e remédios - criando apenas o que fosse necessário, exceto a indústria de entretenimento, que seria de extrema importância.

As pessoas apenas aceitariam empregos nos quais elas se divertissem em fazer, e se alguém não pudesse ou não gostasse de trabalhar, a pressão que essa pessoa sofreria seria apenas o suficiente para manter a sociedade fluindo.

Mas, mais do que qualquer coisa, eu pensaria que o propósito de tal sociedade seria o de encorajar as pessoas a fazer sexo tanto quanto o possível, por tanto tempo quanto possível, e com tantas pessoas quanto fosse possível. Sexo é geralmente considerado a mais prazerosa de todas as atividades humanas - certamente a mais intensa. E pode durar por longos períodos de tempo.

Segundo essa filosofia, as pessoas deveriam ser encorajadas a exceder no sexo tanto quanto o possível. As instituições relevantes e as autoridades deveriam permitir uma contínua orgia pública. Talvez alguns indivíduos especialmente talentosos pudessem ser contratados pelo estado para ajudar outros indivíduos.

Pensamentos: Você?



É você, não é?

Você é a alma dentro desta besta...


Agora que eu penso sobre isso, olhando para essa criatura horrenda e sabendo que as suas ações são apenas um mero reflexo dos seus desejos, e comandos; que o propósito dela é obedecer a sua mente... Eu não a acho assim tão horrenda.


Eu acho que, de certa forma, essa criatura é você.


Não... Este não é você. Não poderia ser você. Eu já vi você, falei com você, estive com você...

Eu estive perto de você, muito perto.

Eu estive com você fisica e espiritualmente; eu me comuniquei com o seu corpo e com sua mente. E você é muito mais bonito do que essa pobre desculpa para um corpo.
Portanto, este não pode ser você.


Você está dentro dessa máquina... e então, de novo, a sua alma está dentro do seu corpo. Isso não torna o seu corpo igual a essa criatura que você controla?


Não...
Eu sei que se eu destruir a máquina, o seu corpo continuará intacto, portanto não há conexão.

Mas... se eu destruir o seu corpo, a sua alma deveria continuar intacta...

Isso não significa, então, que não há conexão entre o seu corpo e a sua alma?


Eu realmente não quero pensar em destruir o seu corpo...


...embora isso seja exatamente o que você está prestes a fazer com o meu...

astraychild


Why did this happen to me?
Who am I?
What am I doing here?
Why am I doing this?
Is there a reason to live?
Is there a reason to die?
Am I afraid?
Am I lost?
Am I too far away?
Where am I going?
When will I see?
Why do they shine?
Who is this?
Who are you?
What are you?
What am I to you?
Where were you when I needed you?
When were you born?
Is this really important?
How do I know I am still alive?
Who has the right to say this?
Did you have to take me?
Why can’t I see?
Is this real?
Is this a dream?
How do you know?
Why are you doing this to me?
Who gave you the right?
When was I here?
Where was I when you were here?
What was I doing?
Where was I going?
Do I need to know?
Is it worth living for?
Is it worth dying for?
Why is it?
What is it?
Where is it?
How is it?
Is this real?
Why is it here?
How did it get here?
Who are you?
Who are you to me?
Who am I to you?
Am I good?
Am I evil?
Am I dead?
Why do you know?
What are you singing?
Where are you looking at?
What are your dreams?
What are your goals?
Is it something I can do?
Is it somewhere I can go?
Where will you go?
What will I do?
Do I need to know?
Should I look at this?
Should I really listen to it?
Should I be here right now?
Do you need to be here right now?
Why are you here?
Who is that with you?
Is it me?
Is it you?
Where are you?
Why can’t I see?
Will you ever understand?
Will I live long enough?
Will I die fast enough?
Why can’t I know?
When was I born?
Why can’t I remember?
Why have you done this?
For what?
For whom?
For whose?
For which?
What for?
Is there a reason to live?
Is this really important?
Do I have to die?
Why are you still here?
Why are you still alive?
For what for?
What for what?
Don’t you know?
Is this you?
Are you hiding?
Are you afraid?
Are you hungry?
What can I do for you?
Can you say that again?
Why can’t I hear?
Am I lost?
Who are you?
What are you?
Where are you?
When are you?
Why are you?
Which are you?
How are you?
Are you?
You?
So?
.
.
.
So long

L i t o r a L

O fator determinante

Que ou censura

Ou libera

Uma espécie de vazio

Vinda do interior do corpo

Difere da estrutura básica

Difere do momento

Em que se inseriu

Influencia a mente falsa

Muitas vezes até a verdadeira

Esse determinante

Esse fator

Você

Pensamentos: Errado?


"Por que é errado matar seres humanos?

Humanos matam uma variedade de animais. E árvores e flores também. Mesmo se eles não o fizerem conscientemente, eles ainda continuam a matar outros seres vivos. Por quê?
Porque os outros seres vivos não podem se comunicar com os seres humanos?
Porque os outros seres vivos não são tão inteligentes quanto os seres humanos?

Bem, então é justificável matar um ser vivo que não consegue se comunucar com você e é menos inteligente que você? Não? Você pode dizer que você nunca tirou uma vida antes? Você nunca comeu carne antes? Vegetais não são seres vivos também? Quando você caminha pelas ruas, você nunca pisou num inseto pequeno demais para os seus olhos verem?

Animais tirando os seres humanos matam outros animais por comida e para sobreviver, mas humanos são diferentes. Se um ser vivo não serve para o seu propósito, então é morto... Seja ele da sua própria espécie ou de outra. Isso não é verdade para todos os seres humanos, mas mesmo aqueles que não agem dessa forma definitivamente já mataram algo para sobreviver.

Então por que os seres humanos não são contados como seres vivos que podem ser mortos? Por que os seres humanos são mais fortes do que outros seres vivos? Então, é justificável que seres vivos mais fortes matem os seres humanos?

Então, eu perguntarei mais uma vez:

Por que é errado matar seres humanos?"

Pensamentos: Esperança?


Você já se perguntou por que todo mundo acha que alguém se parece com uma outra pessoa que elas conhecem? É porque elas só conseguem ver seus desejos.

Os pais ensinam seus filhos a ficar de pé e a falar, e a passar o resto de suas vidas em obediência, humildade e silêncio forçado: as coisas que eles
acreditam que seja o certo para uma pessoa ser. Quando uma pessoa não reage da forma que as pessoas "acham" que ela deveria agir, então é essa pessoa quem se torna uma "estranha". E quando elas se apaixonam, elas escolhem a pessoa com quem elas se sentem o mais confortável possível.

"As pessoas irão sempre ver apenas o que elas querem ver nas outras pessoas..."

Dialogue


-Oi!
-Olá
-Q bom t encontrar aki. Preciso tc c/ alguém
-Manda
-Lembra no outro dia, quando dise q queria fikr doente?
-Lembro. Q q tem?
-Acabei fikndo d verdade! Falo sério!
-Nossa... E o q aconteceu?
-Bem, fiquei d kma alguns dias e akbei perdendo a entrevista d trabalho
-Rapaz! E vc ainda tá doente?
-+ ou -
-E ficou doente d q?
-Ah, nada ñ... Só uma gripezinha...
-E só uma gripezinha t fez perder a entrevista d trabalho? Ñ acredito
-Acredita em mim
-Pq mentir sobre uma doença qlqer? A menos q seja séria
-Ah, me deixa. Se ñ quero falar sobre isso, então ñ vou falar, e pronto!
-Faça o q quiser... Só ñ me venha chorando depois
-Aff... Vc ñ presta, nem sei pq ainda continuo c/ vc
-Ñ sabe msm? Certeza absoluta?
-...
-Deixa eu refrescar sua memória
-Cala a boca
-Eu escuto vc
-Pára
-Eu gosto d vc
-Já disse pra parar
-E eu ñ te cobro nada por isso
-Cala a boca!
-E tbm faço tudo q vc quiser. até perdi meus amigos por vc
-E vc os chama d amigos?? Eles nem olhavam pra vc
-Mas me ouviam, ao menos
-E vc se diz satisfeito c/ isso?
-Claro. Ñ preciso q me olhem, só q me escutem quando quiser falar
-Seria + certo vc dizer q prefere q ninguém te olhe
-Se sabe disso então pq continua se enganando?
-Ah, pára! vc tem q ser assim tão chato sempre??
-Defina chato
-Ñ posso manter nenhum segredo d vc q vc já vai perguntando e me analisando feito um psicólogo! Parece minha mãe!
-Vc disse q adora sua mãe
-Eu AMO minha mãe
-Ñ vejo diferença nenhuma
-É claro q ñ! vc diz q ñ se sente amado por ninguém
-Ñ vou negar esse fato
-Ah, quer saber? Eu ñ gosto d vc! Eu te detesto!
-Mas vc ñ disse q confiava em mim? Me disse onde morava e me deu até suas senhas e tudo +, e eu já fiz algo de estranho c/ vc?
-Ñ me venha c/ essa conversa d maluco! Era tudo mentira!
-Msm? E como vc vem me falar de mãe
-Ah é eu esqueci! Vc ñ tem + mãe! E seu pai te abusava tbm, ñ é?
-Como é?
-"Ñ papai! Ñ faça isso comigo! Eu te amo!"
-Melhor parar
-Como vc se sente, sendo a única pessoa q seu pai nunk amou?
-Já disse, pára
-Todo mundo disse q não, mas foi ele quem matou sua mãe, ñ foi? E vc sabe! Vc sempre soube!
-...
-Ah, agora ficou todo caladinho, é?
-...
-É assim q vc é, ñ é? Define e analisa todo mundo, mas quando fazem c/ vc, vc ñ suporta! Ñ gosta quando pisam em vc, é?? Dói, é??
-...
-O q foi? Vc ñpokfmejddlkksdskffklpppppppdslddddd
-...
-(logged out)
-...
-...
-Parece q ñ vão + ouvir falar em vc, meu amado! Apenas reze q ninguém esteja lendo esses nossos diálogos, pq se estiverem... Vão acabar q nem vc! xD
-...
-(logged out)

O Sorriso

"A smile can be like the sun: at a distance, it is nice and warm. Should you stand too close to it, however, you might get burned."

Ele não pára de me beijar, pressiona seu corpo contra o meu e quando me olha nos olhos, posso ver claramente que espera algo de mim. É quase como num ciclo: ele me olha nos olhos, depois lambe meu pescoço e finalmente me beija, para se afastar depois de algum tempo e me olhar nos olhos de novo. E enquanto ele faz tudo isso, eu apenas observo seus movimentos calmamente. Suspira repentinamente e me encara com uma feição de quem provou e não gostou.

"Você podia parar de fazer isso?", a voz dele estava imersa em seu desgosto.

Como eu não respondo nada, apenas olho para ele, ele suspira de irritação e vira o rosto, cruzando os braços. Posso ver que isso de certa forma o tem irritado profundamente.

"...Pensei ter ouvido você dizer que me qu-"

"Eu sei o que eu disse!", ele me interrompe, voz alterada e de quem está magoado.

Eu estreito meus olhos para focalizar a visão. Ele se recusa a me encarar, como se quisesse que eu fosse embora, mas como poderia fazer isso com as coxas dele me prendendo entre si?

"...Você vai se decidir? Eu não tenho a noite toda," Ele me olha agora, e vejo raiva embutida em seu olhar. Só então eu continuo, "meu amor.", e mostro um dos meus sorrisos mais lindos.

Ao ouvir as últimas duas palavras, e ao ver o meu sorriso, seu semblante se modifica completamente. Seus olhos e feições se tornam mais suaves e um sorriso quase infantil toma conta de seus lábios, e então me surpreendo com a facilidade incrível que tenho de conquistá-lo. Ele me abraça forte e volta a me encarar.

"Seu sorriso é tão lindo! Me apaixonei assim que vi!"

"Mesmo?", continuo a exibir o mesmo sorriso, "Eu nunca fui de sorrir muito. Só faço isso para pessoas que são especiais para mim..."

"Você é tão perfeito! Eu te quero tanto!", e me abraça de novo, recomeçando o ciclo logo em seguida. Eu não consigo evitar de suspirar alto dessa vez, e viro o pescoço de lado só para facilitar o acesso dele a mim.

O ambiente ao nosso redor não poderia ser o mais propício para o que planejava. Mesas redondas com assentos acolchoados e péssima iluminação. Ele não é o primeiro que trago aqui, e com certeza não será o último. Estávamos num dos cantos, no fundo daquele pequeno café, e, embora existissem outras pessoas naquele lugar, nenhuma dava a mínima para o que fazíamos ali. Em verdade, eu poderia estuprá-lo e nenhuma alma moveria sequer um dedo para ajudar. Me pergunto o que passou pela cabeça dele ao aceitar a minha sugestão. Mas então, de novo, ele não é e nem será o último que trago aqui.

"Eu poderia te estripar neste instante, sabia?"

Ele levanta a cabeça e me olha, confuso, "Você disse alguma coisa?"

Eu olho nos fundos dos olhos dele e mostro meu sorriso gentil, "Você é a coisa mais linda deste mundo, sabia?"

As minhas palavras fazem ele corar que nem uma garotinha do colegial, e ele tenta esconder isso, o que apenas agrava sua situação. Em seguida, ele solta um pequeno gritinho e me abraça forte. Eu apenas observo a cena. 'Controle-se...', tento me convencer em pensamento.

"Você é tão gentil! Obrigado! Mas...", ele me olha de relance, e perde sua aura infantil, olhar estreito e alarga a boca. Em seguida, massagea minha virilha com a mão. Uma pobre tentativa de me seduzir, talvez? "...eu também posso ser safado se eu quiser."

Numa tentativa de conter meu riso, fecho os olhos e sorrio, e, pela sua reação, posso ver que meu sorriso forçado surtiu algum efeito inesperado sobre o jovem, e isso faz com que ele aperte o que tem em mãos.

"...Se está tão confiante, vá em frente.", eu confirmo.

Como que por mágica, o zíper da minha calça estava desfeito, e ele, de joelhos no chão. Uma parte de mim apreciava muito aquela visão de submissão. Eu poderia pedir que ele tirasse a roupa, e ele o faria. Garotos como ele fariam qualquer coisa por mim... O pensamento de fazê-lo passar por todos os tipos de humilhações me excitou muito mais do que o serviço que me prestava.
Enquanto observava-o pacientemente, uma outra parte de mim vomitava meus órgãos internos. E a verdade era que, eu estava cedendo aos pedidos do meu coração... 'Controle-se... Mantenha a calma...', eu tentava me acalmar, respirando fundo.

Passados alguns minutos, o rapaz tinha acabado o serviço, e voltava agora do banheiro. Ao me ver de pé e pronto para sair, rapidamente se colocou no meu caminho, me encarando com seu olhar confuso.

"O que aconteceu? Onde você vai?"

Hesitei um longo instante antes de responder. Procurando me manter calmo, sorri gentilmente, "Preciso ir embora, meu coração."

O jovem me empurra contra o canto da parede, abraçando minha cintura com toda a força e afundando a cabeça no meu peito.

"Não, não vá embra! Eu quero ficar com você para sempre! Você não entende?", ele me olhou fundo nos olhos, e eu pude ver meu reflexo distorcido pela leve camada de lágrimas que se formava nos dele. Uma visão e tanto, tenho que admitir. "Eu te amo!"

Ele esfrega a testa contra meu coração, como se quisesse entrar nele à força. Eu juro que uma parte de mim desejava fazer aquele jovem feliz, a mesma parte que adimirara a visão de vê-lo submisso à mim. No entanto, eu não podia mais conter meu coração de falar mais alto. Então, afastei-o de mim lentamente, alisei seu rosto e o ergui para observá-lo e mostrei para ele o sorriso mais gentil que eu poderia dar para alguém. Olhando fundo em seus olhos, eu vejo uma espécie de luz brilhar intensamente. Aproximo minha boca da dele muito lentamente, a ponto de sentir a sua respiração.

"Meu amor, você não serve mais para mim. Isso aconteceu desde o momento em que você perdeu a sua utilidade, a alguns minutos atrás. Além do que,", com um movimento rápido, enfio um longa adaga em seu abdômen, "não poderíamos ficar juntos para sempre porque você logo estará morto."

Enquanto observo as luzes dentro dos olhos deles se partirem em pedaços, contorço a adaga fincada nele e depois a retiro de forma indolor e rápida. O sangue escorre do ferimento aberto, e o rapaz se agarra em mim, com o olhar e o coração despedaçados, enquanto eu apenas continuo a exibir meu sorriso mais gentil. Perdendo as forças, ele começa a cair, esfregando sua carcaça em mim e sujando o meu sobre-tudo. Enfim, tomba sobre o sofá sem vida.

Eu limpo a minha faca calmamente e a guardo em seu local seguro. Dou uma última olhada para o rapaz estendido sobre o sofá e sigo o meu caminho para fora daquele café tão sombrio, satisfeito de ter conseguido passar por mais uma noite...

S H O I R T

White feathers floating through the air
Carried by the gentle breeze
Thousands, millions, billions perhaps

A fragrance locked in embraces sweet
Unwillingly taken to the ride
Beckoning, longing, yearning forever

Embittered siren songs affect the wine
Inhabiting a heart's core
Precedes scorn, forlorn, unborn

Fire as black as darkness ignore
Unable to control its hunger
Breathes alive, thrives, entwines

Black roses will bloom the Reaper
Long scythe pierces the soul
Of men, unfolded, esculptured

Hot liquid washes a gash though
In time, to lose sanity
All illness, weakness, hopelessness

Within the mirror, skies deafen, starry
To release the beast within
Will overrun, overload, overrule

Jardim


"Have you ever felt like you were lost somewhere really dark? Then, you find out that that place is actually yourself?"

Meus olhos estão abertos. Meu corpo está deitado no chão, um chão muito flexível e movediço, ou assim me parece. Eu não sei onde estou, ou onde eu deveria estar. Entretanto, eu não tenho pressa. Não posso ver nada no lugar onde deveria estar o céu. Ao invés, tudo o que eu vejo são vinhas espinhosas se desenrolando em convulsão, como um teto sobre mim.

Som de água fluindo ao longe. Uma calma toma conta de mim, como se eu fosse um ser completo, ou uma espécie de imortal. Inspiro o ar, mas não o sinto. Apenas algo molhado me vem às narinas, como água. Só então é que eu percebo: estou imerso em água. Ou pelo menos algo líquido. Não sinto falta de ar. É como se o ar fosse líquido, na verdade, entrando pelo nariz e invadindo os pulmões. E a sensação que vem disso não é nada além de confortável.

...Onde eu estou?

Assim que imagino a questão, as vinhas que formavam o teto voam na minha direção, penetrando o líquido onde estava mergulhado e me agarrando. Sinto os espinhos perfurarem minha pele, e vejo sangue vazar, mas não sinto dor alguma. Cravados nos meus braços e torso, os vinhedos erguem-me além do nível da água, e, olhando para baixo, vejo que não era tão profundo assim. Vinhas se movem do fundo, e vêm me abraçar as pernas, e os espinhos me picam mais uma vez. Suspenso pelos vinhedos, eu observo meu plasma esguichar, manchando assim o líquido que, aos poucos, vai se tornando vermelho, até se tornar o meu sangue.


Maravilhado pela visão do meu próprio sangue jorrando, eu ergo meus olhos e posso finalmente visualizar o lugar onde estou: vinhas e espinhos. Ao meu redor, embaixo e acima de mim, erguendo-se do, agora, lago de sangue e elevando-se aos céus e cobrindo-o. Escuro, mas, de alguma forma, visível. As vinhas que me seguram firme rolam pelo meu corpo, perfurando-o e extraindo mais de mim, e parecem querer me levar a algum lugar.

...Estranho. Então, é essa a sensação que os pássaros têm?

Ouço um bater de asas. Virando a cabeça de leve, posso ver um lindo pássaro branco erguendo suas grandes asas, voando livremente pelo espaço. Tem uma calda longa, formada por três penas únicas, terminando um tom de rosa. É uma visão espetacular, e sorrio automaticamente. Nesse instante, as vinhas atacam ferozmente a pobre ave, envolvendo-a. O sangue escarlate cai e junta-se ao lago abaixo, enquanto as vinhas formam um amontoado nervoso ao redor do inocente. Posso ouvir um grito da mais pura agonia e dor, juntamente com o som dos ligamentos, ossos e tendões da ave serem estraçalhados pelo remexer das vinhas, enquanto o resto de sangue dele escorre lentamente. Em seguida, vários botões surgem dali e florescem em rosas tão negras quanto a escuridão que toma conta do lugar.

A beleza daquelas flores é tão incomum, que quase me esqueço que o desafortunado passarinho fora brutalmente assassinado para gerá-las. Desejo ter uma daquelas, e logo os vinhedos me guiam na sua direção, até que eu possa me aproximar e tomar uma daquelas rosas para mim. Seu perfume é intoxicante, e tão irresistível. Eu não me sinto mal pelo pássaro, e nem acho isso estranho.

Com a rosa já em mãos, sou levado em uma nova direção. No caminho eu vejo estátuas de anjos e de demônios, todas encobertas pelas vinhas espinhosas. Apenas as asas das estátuas mantêm-se intactas. Ao passar meus olhos por ali, rosas negras desabrocham lentamente.

...É como se sorrissem para me satisfazer.

Nesse instante, como em resposta, as vinhas que me envolvem me apertam com mais força, fazendo com que eu perca mais sangue, e eu percebo que devo considerar isso sua resposta. Eu estranho o fato de não sentir dor alguma em efeito disso.
Depois de algum tempo, eu chego a uma espécie de altar com um trono de espinhos. As vinhas me agarram e me forçam a sentar ali, e eu perco ainda mais plasma. Mesmo sentado naquele trono, os vinhedos não me soltam. A visão que tenho é um tanto assustadora. Observo mais e mais amontoados de vinhas e ouço gritos de agonia e dor, enquanto o lago de sangue aumenta.

"...um jardim de demônios que se alimentam da vida, hein?"

Um sorriso me vem à boca...