V e S S e L


This Hollowed Eve - a Creature of the Moon
A Simple Dish born with a Silver Spoon


Eu me entrego ao rancor do passado que eu não posso esquecer. Apesar do que, não importa o que aconteça comigo, não importa o que eu tenha que sacrificar, isso nunca vai mudar. Afinal, eu acredito sim em destino.

Mas eu me sinto bem nesse estado tão vazio. Uma pessoa muito importante pra minha vida me disse recentemente, "Você é um vaso." Um recipiente. "Um prato simples que nasceu com uma colher de prata." Sim, e essa colher é a minha vida - a única coisa realmente importante na minha vida.

Mas se eu sou um vaso, eu não sou um vaso qualquer. Eu sou uma relíquia antiga. E meu lugar não é num museu. Eu pertenço ao local onde me encontrarem. Porque o que quer que você coloque dentro de mim, essa coisa irá resplandecer mais forte que qualquer outra coisa. Eu sou o recipiente perfeito.

Eu posso entender que pouca gente entenda essas metáforas todas. Porque, no fim das contas, a única pessoa que me entederá não será outra pessoa a não ser eu mesmo. Minhas razões são minhas, e apenas minhas.

Eu finalmente compreendi a verdade por trás do meu mundo. Tudo faz perfeito sentido agora. Não me importa se isso dói, não importa se isso me faz bem, eu compreendi, finalmente. Eu cheguei ao fim de um processo, como me foi dito pelo Mundo. E que fim...

Agora que eu conheço isso, eu posso controlá-lo. Não mais irei sofrer por não entender. Não mais irei odiar por não poder entender. E não mais irei punir outras pessoas por não me ajudarem. Eu estou em completa ascenção agora.

E como o Vaso Perfeito, eu necessito de um preenchimento. Agora eu só preciso seguir o meu destino como recipiente, até encontrar aquilo/aquele/aquela que me preencherá por completo. Mas de alguma forma sinto que não encontrarei...

Isso porque o que tem a fazer o Trono Supremo a não ser esperar que alguém ali se sente? Só posso viver. Não esperar, mas viver. Viver minha vida como um recipiente. Disso eu tenho certeza. E eu encontrarei, como me disseram as Seis Pérolas. Sucesso. Sucesso, enfim. Eu terei sucesso, afinal. Afinal...

Uma Concha. Um Vaso. Um Trono. Um Recipiente.
Vazio, porém Cheio. Perfeito, porém Incompleto.
Busco uma resposta para aquilo que eu procuro.
E eu procuro aquilo que apenas eu posso procurar...

Into the Thorns Again


"And so, from the thorns within thee I arise: the dark garden."

Exatamente quando pensei que escapei enfim, aqui eu me encontro novamente. O que se passou nas semanas, meses passados foi apenas um sonho. Uma ilusão. A realidade me espeta com sua crueldade afiada.

Eu observo o meu reino: um mar de sangue, uma profusão de espinhos e vinhas, um coro de sofrimento, uma orgia em andamento. Um "Masquerade", com cada sacrifício exercendo seu papel em completa harmonia. Criaturas se erguem em profanação à Virtude. Uma visão e tanto de se testemunhar...

Acostumei-me com este lugar. "Abandonei minhas lágrimas, meu coração e minha sensibilidade há muitas luas atrás". Esculturas negras eu instalei aqui e ali. As rosas negras - súditas fiéis - encantam o meu sorriso enquanto dançam à serenata de suas vinhedas. Ossos quebrando, tendões estalando, sangue esguichando, gargantas de veludo esperneando... gritos, gritos de dor, de desespero, de ódio... Ahh. "A Melodia Sombria". Sim... O Ácido que derrete a minha alma.

Demônios eu criei neste meu reino tão obscuro. Os Anjos foram caçados junto com Virtude, e torturados, desmembrados, mutilados. Virgens frágeis ordenei estuprar. Amores passados mandei queimar. E junto o meu coração.

"A Melodia Sombria! Ouçam a Melodia Sombria! Regojizais! Regojizais, Ó, frutos da Minha Perversão! Testemunhas de Minha Gloriosa Queda!" estendo o braço para as bestas banhando-se na piscina escarlate. Elas gritam seus brados em meu nome. Urros, berros, uivos. Eu sou um Ídolo Macabro para essas crianças negras.

Eles profanam Virtude e suas irmãs, enquanto profetizam catástrofes ao meu mundo dos sonhos.

"Ergueis vosso sangue! Ergueis!" Ergo um crânio preenchido da Água Pura - o sangue do mar vermelho, onde banho meus pés. "E agora regojizais a Minha queda! Regojizais!"

Um brado de guerra é proclamado pelos meus filhos. Virgens são violentadas, e o meu riso é a única voz que sobrepõe as outras. Um verdadeiro Paraíso Terreno. "Um Jardim de Demônios que se alimentam da vida...", de fato. Um Jardim Sombrio... Eu.

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Finnito

Mirror, Mirror...


"Espelho, espelho, sobre a parede

Não deveriam ser meus todos os prazeres?

Pois se eu deverei ver que seja feita a vossa vontade

Conceda-me a feitiçaria de tua crueldade..."

Pessimismo Again




"Christ

Tourniquet

My suicide..."

DAED



Eu sinto as lágrimas se formarem
Sentando-se em meus olhos
Mas não importa o que eu pense
Eu não consigo chorar

Eu me sinto sonolento
E eu dificilmente estou acordado
Mas não importa o que eu faça
Eu não consigo cair no sono

Eu me sinto exausto
E me sinto instável quando ando
Mas não importa o quão fraco me sinta
Eu não quero comer

Eu sinto uma depressão se instalar em mim
E ela causa esta insanidade
Mas não importa o que aconteça
Eu não consigo evitar o meu sorriso

Lentamente, eu estou me tornando insensível
Eu me sinto morto por dentro
Eu sinto como se a minha alma tivesse me deixado
Eu sou apenas um corpo, agindo por conta própria
Um sorriso no meu rosto
Com verdadeiros sentimentos desconhecidos

Eu não me importo, sério
Com o que aconteça comigo
Eu sinto como se eu já estivesse desaparecendo
A minha vida é ensurdecer