Into the Thorns Again
"And so, from the thorns within thee I arise: the dark garden."
Exatamente quando pensei que escapei enfim, aqui eu me encontro novamente. O que se passou nas semanas, meses passados foi apenas um sonho. Uma ilusão. A realidade me espeta com sua crueldade afiada.
Eu observo o meu reino: um mar de sangue, uma profusão de espinhos e vinhas, um coro de sofrimento, uma orgia em andamento. Um "Masquerade", com cada sacrifício exercendo seu papel em completa harmonia. Criaturas se erguem em profanação à Virtude. Uma visão e tanto de se testemunhar...
Acostumei-me com este lugar. "Abandonei minhas lágrimas, meu coração e minha sensibilidade há muitas luas atrás". Esculturas negras eu instalei aqui e ali. As rosas negras - súditas fiéis - encantam o meu sorriso enquanto dançam à serenata de suas vinhedas. Ossos quebrando, tendões estalando, sangue esguichando, gargantas de veludo esperneando... gritos, gritos de dor, de desespero, de ódio... Ahh. "A Melodia Sombria". Sim... O Ácido que derrete a minha alma.
Demônios eu criei neste meu reino tão obscuro. Os Anjos foram caçados junto com Virtude, e torturados, desmembrados, mutilados. Virgens frágeis ordenei estuprar. Amores passados mandei queimar. E junto o meu coração.
"A Melodia Sombria! Ouçam a Melodia Sombria! Regojizais! Regojizais, Ó, frutos da Minha Perversão! Testemunhas de Minha Gloriosa Queda!" estendo o braço para as bestas banhando-se na piscina escarlate. Elas gritam seus brados em meu nome. Urros, berros, uivos. Eu sou um Ídolo Macabro para essas crianças negras.
Eles profanam Virtude e suas irmãs, enquanto profetizam catástrofes ao meu mundo dos sonhos.
"Ergueis vosso sangue! Ergueis!" Ergo um crânio preenchido da Água Pura - o sangue do mar vermelho, onde banho meus pés. "E agora regojizais a Minha queda! Regojizais!"
Um brado de guerra é proclamado pelos meus filhos. Virgens são violentadas, e o meu riso é a única voz que sobrepõe as outras. Um verdadeiro Paraíso Terreno. "Um Jardim de Demônios que se alimentam da vida...", de fato. Um Jardim Sombrio... Eu.
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Finnito
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