Hoje é natal, mais uma vez. Um ano se passou e eu ainda estou aqui, assim e assado. Eu já nem sei se quero ser outra coisa.Tem alguma coisa muito errada comigo, mas eu não consigo mais discernir as coisas. Eu pareço um cego, esbarrando em tudo que eu não vejo mais. E como as coisas se acumulam, viu?
É justamente nessa época de natal que as coisas se revelam para mim. Quero dizer, se revelam como uma parede bem na minha frente. A família continua a mesma, mas eu apodreço cada ano que passa. Eu me tornei muito mais egoísta, muito mais chato, e muito mais ranzinza do que eu jamais fui. Pra mim é como se as coisas fossem perdendo suas cores a cada ano que passa, sabe?
É justamente nessa época de natal que as coisas se revelam para mim. Quero dizer, se revelam como uma parede bem na minha frente. A família continua a mesma, mas eu apodreço cada ano que passa. Eu me tornei muito mais egoísta, muito mais chato, e muito mais ranzinza do que eu jamais fui. Pra mim é como se as coisas fossem perdendo suas cores a cada ano que passa, sabe?
Eu vivo falando de coisas como, mundos naufragados, congelados, na verdade, pessoas que já desapareceram, abismos, jardins sombrios, mas eu não consigo me relacionar a nada do que eu escrevo. É como se eu saísse de mim quando escrevo, como se fosse possuído por alguém que não fosse eu, e que não pode ser eu. Eu nunca escreveria algo do tipo: "...I want to die".
É por isso que eu não consigo me amar. Tudo o que eu sinto por mim mesmo é desprezo e ódio. Desprezo e ódio. Mais nada. Eu queria que esse "eu" que eu odeio simplesmente desaparecesse, mas ele não morre. Ele nunca vai morrer enquanto eu estiver vivo. Porque ele sou eu, e nada, nem ninguém vai poder negar ou mudar isso. Nunca.
Se ele não morre, tudo o que eu posso fazer é escondê-lo, trancafiá-lo, sela-lo profundamente em algum lugar dentro de mim. Ou então transformar-me numa máscara que o cobre. Quando eu uso A Máscara, não sou eu. A Máscara representa quem eu sou, mas que não posso ser. Não sou o eu que é chato ou ranzinza. Sou o eu simpático que só quer ter amigos. Afinal, quem amaria um monstro?
Eu não sei nem porque me sinto dessa forma. Eu só queria que as pessoas me deixassem, no fim, porque eu pertenço a esse lugar onde estou agora. Eu não presto, eu vou pro inferno. E eu tenho que conviver com o "eu" que quer levar o mundo inteiro pro inferno junto dele. Eu tenho que viver reprimindo esse meu lado.
Essa é a minha vida. Então se alguém de fato leu até este ponto, agora você sabe de tudo. E se sabe, seja inteligente e fique longe de mim. Se afaste de mim antes que seja tarde para você também. Porque eu não posso nunca mudar quem eu sou, nem tão pouco voltar atrás. Nunca.
É por isso que eu não consigo me amar. Tudo o que eu sinto por mim mesmo é desprezo e ódio. Desprezo e ódio. Mais nada. Eu queria que esse "eu" que eu odeio simplesmente desaparecesse, mas ele não morre. Ele nunca vai morrer enquanto eu estiver vivo. Porque ele sou eu, e nada, nem ninguém vai poder negar ou mudar isso. Nunca.
Se ele não morre, tudo o que eu posso fazer é escondê-lo, trancafiá-lo, sela-lo profundamente em algum lugar dentro de mim. Ou então transformar-me numa máscara que o cobre. Quando eu uso A Máscara, não sou eu. A Máscara representa quem eu sou, mas que não posso ser. Não sou o eu que é chato ou ranzinza. Sou o eu simpático que só quer ter amigos. Afinal, quem amaria um monstro?
Eu não sei nem porque me sinto dessa forma. Eu só queria que as pessoas me deixassem, no fim, porque eu pertenço a esse lugar onde estou agora. Eu não presto, eu vou pro inferno. E eu tenho que conviver com o "eu" que quer levar o mundo inteiro pro inferno junto dele. Eu tenho que viver reprimindo esse meu lado.
Essa é a minha vida. Então se alguém de fato leu até este ponto, agora você sabe de tudo. E se sabe, seja inteligente e fique longe de mim. Se afaste de mim antes que seja tarde para você também. Porque eu não posso nunca mudar quem eu sou, nem tão pouco voltar atrás. Nunca.
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