L'araignée

I saw a spider today
It was one of those home-spiders
Eight thin legs; its body is just a black spot
It was all alone curled up into a corner of my bathroom
There was nothing near it; it was completely alone there
But the spider did not look good
Its body was almost transparent
And its legs were so thin they seemed invisible
The spider was also shaking in a strange way
Almost like it was in great pain or agony
As I watched it, I realized something:
It probably hadn't eaten in a while and it was starving to death
Suddenly, it fell but since it was on its webIt didn't fell down to the floor
It hung tangled in its own web
Its body now fully transparent

Only a few minutes later did I realize:
The spider was dead

Final Arcana

Si Venvs me Relinqvit
Ergo Venvs Reliqvo


I'm gonna lock my heart
And throw away the key
And if I never love again

That's soon enough for me

É exatamente o que eles disseram aí em cima.

I shall cast it away forever out of my sight
And I shall never recover or replace it 'till I die


E se meu corpo se revoltar e tentar trazê-lo de volta, eu o arruinarei novamente, por quantas vezes forem necessárias. Vou viver como meus personagens, usar quem eu quiser e ser usado em troca, espalhar a poluição das pessoas

Seja qual for o preço, eu pagarei-o com prazer
Para que eu não possa mais cantar sobre asas livres
Nem céus estrelados sob estas linhas minhas
.
.
.
.
Sed
Qvi me Defendet
Ab me Terribilissimo  ipse?

Prayer to Hypnos II


Hearken, Immortal Slumber

To my call, one of sole hunger

For thee I’d ne’er dare to dream

Just a fool’s dream, just as fools dream

But of lust and peace, sacred one

How I’ve craved for you to come

Curse me to fall unto thy arms

Heed me, I yearn thy kiss so dark

To break this heart of mine, so yours

And for the Guilty Sun, my scorn

Your sole enemy, Helios

I shun his light as devils

And there, deep in the abyss

I feel thy arms embrace me

Alas, my silent God of Sleep

Oh, thou art my only true king

Take me away, to thy temple

Beyond the wall of grief, in

The evergreen paradise,

Elysium and its fields

Where I will give myself to thee

Solely and completely

My fairest, my dearest

My beloved

Hypnos

Ambição Motora


Ele se perguntava se era real, se haveria sido real alguma vez. As memórias eram indistintas, apenas vagas coleções de coisas que ele não compreendia. Memórias desaparecem com o tempo. Magia desaparece com o tempo.

Por mais que ele desejasse se apegar àquele lugar e àquelas lembranças, ele não conseguia. Amigos sumiam, como se nunca tivessem existido. Talvez eles nunca tivessem existido.
Talvez tudo fosse um sonho, tudo uma esperançosa, falsa fantasia.

Podia ser uma mentira. Todo o mundo era mentiras. Mentiras sobrepondo umas às outras até que alguma forma de verdade surgisse. Mas não havia uma verdade real, apenas locais onde um número suficiente de mentiras se reuniam.
Todo o mundo estava conectado, todas as pessoas conectadas.
E ele sozinho estava separado e distante.

Uma vez ele amara, uma vez ele vivera. Ele não se lembrava quem, como, ou por que, mas ele se lembrava que sim. E aquilo o matou.

Ver através dos próprios olhos dele um frágil mundo quebrado. Um que não tinha lugar para ele. Era tudo tão confundido, tão confuso que ele não desejava classificá-lo.
Ele apenas queria um lugar para ele.

Então ele o fez. E tudo mais. Antes que algo pudesse machuca-lo. Antes que algo pudesse fazê-lo sofrer. Tudo era dor. Tudo causava dor.

Era por isso que todo mundo tinha que ver. Eles não eram confiáveis. Nada era. Nada além do que ele criasse e construísse com suas próprias mãos. Mas eles necessitavam ver.
Então ele, ao menos, os faria ver.

O mundo o deixou amargo. Ele o deixou louco.
Mas estava tudo bem, o mundo dele era o único que importava.
O mundo dele poderia se compreender em apenas um momento de iluminação plena.
Uma utopia transcendental.

Alguns pensavam que ele era maligno. Um monstro. Destruindo por prazer.
Mas não. Era o mais sincero altruísmo.
Ele não permitiria que o mundo o segregasse novamente, que o ostracizasse novamente.
O mundo inteiro iria perecer, e ele sozinha sobreviveria. Mas ele não desejava estar sozinho. Ninguém desejava estar sozinho.

Então ele tornaria seu mundo a realidade crua, e a cruel realidade na fantasia final.

Ninguém o amava. Ninguém o compreendia. O mundo inteiro era seu inimigo, porque o mundo inteiro não compreendia. Porque ninguém poderia compreender.

Então ele faria o mundo se compreender diante dele. Tudo se tornaria um momento apenas, e esse momento seria o momento da verdadeira iluminação. Quando todo o mundo seria capaz de vê-lo e de amá-lo, e de adorá-lo, pois aquele seria o mundo dele, e todos seriam aquele momento, exceto ele, que seria livre afinal.

Então ele lutou por sua liberdade. Ele lutou, mas pelo que ele estava lutando mesmo?
Ele não mais compreendia. E ele cansara de lutar.
Cansara de procurar por algo que eventualmente lhe seria negado de novo.
Tempo, memórias, amizades, esperanças, sonhos...
Ele cansara de lutar por coisas tão insípidas.

Ele jamais teria imaginado que a morte seria o momento de maior liberdade.
.
.
.
.

Foi-se

Escuras as estrelas e escura a Lua
Silencie a noite e a vadiagem matutina

Escuros os oceanos, escuro o céu
Silencie as baleias e a maré do mar

Escuro para claro e claro para escuro
Três carruagens negras, três bigas brancas

O que nos une é o que tenta nos separar
Foi-se meu amante, foi-se meu lar

Sua Carta

Eu existo num lugar bem distante do seu.
Um lugar além do espaço onde cartas e emails não alcançam.
Por isso não podemos nunca nos encontrar, meu amor.
No entanto, existe uma coisa que consegue alcançar esse lugar: sua voz.
Quando você quiser me ver, apenas chame meu nome em seu coração.
Se você o fizer, nossos corações certamente se conectarão um ao outro.
E se mesmo assim você quiser chorar, pode chorar o quanto quiser.
Não precisa se conter.
Porque se você chorar, eu mandarei um lenço para o seu coração.
Você é uma pessoa forte e gentil, mas às vezes vai ter que se esforçar,
e enfrentar coisas que não quer.
Mas não olhe pra trás, siga em frente e continue andando.
Você está no caminho certo.
...
...
Eu sinto muito que as coisas tenham tomado esse rumo.
Entretanto, eu sei que nós nos encontraremos um dia.
Num dia diferente, num lugar diferente.
Você pode apenas não me reconhecer.
Mas nós estaremos juntos sob o mesmo céu azul.
Por isso, até que esse dia chegue, aguente firme.

MD

A Uma Batida de Carro de Distância


O amor é fogo
Queima tudo o que vê
Queima tudo
Tudo o que você pensa, queima
Tudo o que você diz

O amor não arde
Chama insólita que não se vê
Chama fria
Fria tal que ignora você
Fria tão quanto um beijo

Mas isso é amor
Torpor de dor
Liquor sem cor
Nem cheiro nem flor
Chama sem ardor

Redemoinho insipido
Arrancado de suas penas
Não voa, apenas cai
Cai, cai, e despedaça-se
E a si devora, o tolo

O divino mais profano
O santificado mais satânico
O prazeroso mais dolorido
O inútil mais necessário
Vale zero e vale tudo