Fato 22/11

"Argh, e quem se importa com isso?!", ele me olhou impaciente e seu olhar me desafiava tanto quanto suas palavras. "Será que você não entende?! Eu não sou igual a você!"

Não consegui conter meu riso de deboche. "Ora, mas não seria você aquele quem não entende? Eu fiz o que tinha que fazer, por mim e por você também; por nós dois." Cruzei meus braços em frente do meu tórax, e levemente tensionei os músculos só para provocá-lo. "Eu o fiz, de fato, e de uma forma que eu não poderia simplesmente não fazer."

Não sei o que se passou na cabeça dele naquele instante, mas ele me virou a cara. Eu podia claramente ver o suór escorrendo pelas bochechas coradas. Honestamente, é tão fácil provocá-lo que se torna ridículo...

"Você me ama?", eu o perguntei, suspirando alto. "Eu sou a pessoa em quem você mais confia neste mundo?", me encostei na dobradiça da porta enquanto continuava a pressioná-lo com um olhar sedutor.

Manteve sigilo, e apenas fechou os olhos, ainda me evitando. Hora de uma abordagem mais direta...

Lentamente caminhei até ele, e mesmo sem tocá-lo eu podia sentir o calor que seu corpo emanava. Ao perceber minha aproximação, me encarou como um pequeno coelhinho assustado e foi andando para trás até não poder mais. Ele suava tanto, "Você me ama tanto que nem consegue esconder.", sorri e fui lentamente pressionando-o contra a parede, até um ponto em que ele mal conseguia respirar.

"Não... Eu não sou assim...", tropeçando em todas as palavras.

"...tão frágil? Tão indefeso?", eu fui aproximando minha boca do pescoço dele, enquanto ele parecia a ponto de ter um ataque. Então, sussurrei contra a pele branca e as veias pulsantes
.
.
.

"Tão fraco?"

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